segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Bloco quer eleger Deputado em Santarém

Na vila de Riachos, no distrito de Santarém, onde foi o 2º partido mais votado nas eleições europeias, o Bloco de Esquerda reuniu este domingo mais de 400 pessoas num almoço-comício de campanha onde Francisco Louçã respondeu a José Sócrates sobre o episódio da privatização da Galp, a que ironicamente se referiu como o "novo mistério da Rua de São Bento". Louçã voltou a defender o "combate ao abuso com aquilo que é de todos".

O coordenador do Bloco de Esquerda classificou a venda da Galp a Américo Amorim e José Eduardo dos Santos como o "novo mistério da Rua de São Bento", em resposta a declarações de José Sócrates publicadas este domingo numa entrevista ao Diário de Notícias.
Louçã comparava o mistério criado por Sócrates a propósito da Galp ao famoso livro de Eça de Queirós, só que agora em vez de ser "O Mistério da Estrada de Sintra" é o "novo mistério da Rua de São Bento", ironizou.
Na entrevista, referiu Louçã, Sócrates disse que o seu governo vendeu a Amorim "porque, e estou a citá-lo, se limitou a agir de forma patriótica e a impedir que a empresa passasse, como estava tudo preparado, para as mãos dos italianos" O coordenador do Bloco de Esquerda recordou que os mesmos italianos, a empresa Eni, "perigosíssimos, compraram um terço da Galp porque um determinado ministro, chamado Pina Moura, de um governo em que estava um outro ministro que se chama José Sócrates, aceitou que eles ficassem, perigosos como são, com um terço da Galp".

"Já começam a perceber a tramóia", observou: "o Governo, que é um grande patriota, no seu tempo anterior, vendeu um terço aos italianos, e o grande patriota no governo seguinte vende a Amorim e ao dinheiro angolano porque não quer que alguém venda aos italianos." Para Louçã, "Sócrates foi patriota contra ele mesmo": primeiro vendeu aos italianos e depois, para não vender mais aos italianos, vendeu a Amorim e ao presidente angolano.

Antes de Francisco Louçã, falou José Gusmão, que assinalou que o povo português assiste com alguma perplexidade o debate sobre o TGV. "Os dois partidos do bloco central agarram-se a este debate sem sentido porque não querem que se vejam as convergências políticas que tiveram nos últimos anos".
O almoço-comício foi aberto por Guilherme Pinto, cabeça-de-lista à câmara municipal de Torres Novas, que disse que o Bloco é a esquerda forte que se candidata para dar as respostas que o mundo contemporâneo precisa.
Falou também Célia Barroca, mandatária concelhia, que afirmou que esta candidatura do Bloco já é histórica pelo nível de adesão que está a ter.

Arruada de manhã em Marinhais e Comício ao fim da tarde em Santarém
Francisco Louçã e José Gusmão, acompanhados de Ana Cristina Ribeiro, candidata do Bloco à Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, à qual preside actualmente, e os candidatos às seis juntas de freguesia do concelho, estiveram numa arruada pelo Mercado Mensal de Marinhais.

Dezenas de pessoas fizeram questão de saudar os candidatos do Bloco, manifestando a sua confiança num grande resultado eleitoral, quer nas eleições do próximo domingo, quer nas eleições autárquicas de dia 11 de Outubro.
Ao final da tarde, a música de Fernando Tordo abriu o comício no Teatro Sá da Bandeira, com intervenções de Bruno Góis, número 2 na Lista pelo Distrito de Santarém, a deputada Helena Pinto, José Gusmão e Francisco Louçã.
Perante uma sala cheia, José Gusmão recordou as acções de campanha promovidas nesta campanha no Distrito. Sublinhou as propostas do Bloco para as áreas da saúde, agricultura, transportes e Rio Tejo.


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